• Crônica

    Não aproveitamos nossos pais…

    Contava com oito, dez anos… sei lá e lembro-me, perfeitamente, de meus pais, preocupados, me levando a um pediatra, na Praça da Sé. Pós consulta parávamos numa lanchonete e meu pai comprava um bauru no pão de forma e um copo de suco de laranja. Íamos e voltávamos de ônibus. Tudo pra mim era novidade e delicioso: do ônibus ao queijo quente a se esticar do pão à minha boca. Lembro-me, também, de irmos –  aos domingos – a pé à casa de meu tio, irmão de meu pai, que ficava uns dez quilômetros de distância da nossa e, no meio do caminho, meu pai me punha de cavalinho, carregando-me…