Que tal não morrer?
Tanto já se falou; razão para quase todos, mas não todos, porém. Aos desamparados que não têm como permanecer em casa confortavelmente, ou nem casa e mínimas condições sanitárias têm; àqueles que têm que garimpar diariamente pelo pão para sobrevivência; para aqueles outros que desempenham trabalhos essenciais à sociedade; enfim, para tantos que, obrigatoriamente, não podem se isolar: jeito não dá jeito está dado. Resta a esse exército de bravos se cuidar e torcer para que não sejam vítimas desse inimigo invisível que, desgraçadamente, ceifou a vida de muitos e continua com ação voraz sobre a vida no mundo todo. Como uma caricatura horrenda da morte o vírus trás consigo…
NOVO TEMPO
Acabaram-se as quermesses, festas de santo, festivais de comidas, shows de artistas, acabaram os dobrados das euterpes, os carnavais, procissões, cortejos fúnebres, rodas de samba e de umbanda. Acabaram as reuniões de mesa branca, as mesas de bar já não mais há. Acabaram as missas, cultos, não haverá mais zombarias nas madrugadas, comícios e palanques. Tendas de circo não mais serão estendidas, bancas de camelôs acabaram, os mercados de portas fechadas, acabaram as bibliotecas, as boates, discotecas, findaram as caminhadas. Pedais, maratonas, acabaram as lotações dos estádios, futebol é sem público, voley, fórmula1, não há mais restaurantes, churrascos em sítios, serenatas, transeuntes descendo para o centro, só para busca do…