Tudo mudou e nada muda: “meu pilão primeiro”.
Acordo com o dia frio e, por alguns minutos, esqueço que estou confinado. A pandemia, como um despertador, me dá a real lembrando-me de que, sim, estou confinado há mais dias do que eu poderia imaginar ser possível acontecer. Enquanto tomo meu café hesito em ligar a televisão, abrir o jornal e ligar meu computador – rotina diária – novo normal – nova onda. Hoje, porém, algo está diferente. Há alguma coisa a mais que me tira atenção, me perturba. Tem um sentimento que vem e vai como ondas mansas de um mar barulhento… Outro gole no café e a lembrança da última frase de protesto de um homem, agora…