O tempo…
Ah… o tempo… Percebem como somos apenas coadjuvantes do tempo? Como não o dominamos? O tempo nos parece algo versátil, mágico: balançando em sua gangorra misteriosa do existe, não existe… Mesmo o disfarce do que se diz atemporal, que tenta negar o tempo, acaba por caracterizá-lo. Não fosse estranho diríamos que o atemporal é o superego do tempo para chamar a atenção e lembrá-lo do ético, da moral, suplicando a não nos maltratar tanto. Falamos na atemporalidade como que para negá-lo. Tirá-lo da nossa frente, como uma revanche vingativa, ou para dele usufruirmos mais: ganharmos tempo. Submetidos damos as mãos a ele e, ao seu lado, o deixamos acompanhar nossas…