Um humanista um pouco bravo.

  • Crônica

    “Ostra feliz não faz pérola”

    Em seu livro Ostra feliz não faz pérola, Rubem Alves escreve uma crônica maravilhosa: nela ele conceitua que para ouvir ao outro é preciso ser humilde. Não li o livro; li a crônica e fui atingido em cheio na minha arrogância. Percebi o quanto sou, muitas vezes, aparatoso.  Magicamente, porém, o escritor me fez ouvi-lo e ouvindo-o refleti: por que achamos que a nossa verdade é absoluta? Por que ao ouvirmos alguma opinião não paramos para pensar a respeito sem que vomitemos nossa certeza? Falta-nos empatia, compaixão? É nossa ignorância a nos dominar? A falta de humildade colocada por Rubem Alves?  Em tempos de extremismo e polarização exacerbados em todas…

  • Crônica,  Literatura

    “A vida é difícil!”

    Há exatos vinte e sete anos atrás li “A trilha menos percorrida”, de Scott Peck. O livro escrito por esse psiquiatra americano começa com uma afirmação cuja a verdade é absoluta: “A vida é difícil!”. Essa frase me fez pensar que a verdade é simples, normalmente; nós a deturpamos e modificamos, para suportar sua simplicidade indelével. Curioso que, atualmente, inventamos a tal pós-verdade que dribla fatos objetivos para conquistar opiniões favoráveis aos nossos interesses ou, ainda, para nos iludirmos, sublimarmos, camuflarmos, como camaleões, a verdade simplesmente, na tentativa de nos protegermos. À época, bem mais jovem, li a frase “A vida é difícil”, tão bem definido por Peck, de an…

  • Aplausos

    Nosso Logo e seu criador …

    Um logo é tão fácil de ser criado como um “camelo passar pelo buraco de uma agulha”. Certo é que um logo tem que estabelecer um vínculo emocional com o interlocutor, encerrando em si mesmo tudo o que, nele, pretende-se traduzir sobre uma empresa, marca etc. Portanto, vamos combinar: não é tarefa pra qualquer mortal. Há que se ter sensibilidade e captar o sentimento, a ideia, o conceito que se quer transmitir. É preciso ter, não só o conhecimento técnico de como fazer, mas escutar a alma; tocar o invisível; enxergar através da parede da razão, sem deixar de observá-la. Necessário é se debruçar sobre o abstrato e com olho…