O gato!
Felino auspicioso! Sabe o que é o amor sem cobrança! Cuida e conta com o cuidado, mas, cuidadoso que sói, espia a maldade na busca meditativa da vida plena.
Dinâmico com a mesma miada com que é contemplativo e descansado!
Este é gato: sinônimo coloquial da beleza másculo-feminina que, para os biólogos é saciável! Para os poetas, como dizia minha Nonna Noêmia Merllo Massaia Chimicatti o é insaciável por natureza, aliás, assim éramos todos nós vistos por ela naquela greta do basculante da saudosa Ametista, 49 do Bairro Prado da capital das alterosas!
Nonna, aliás, sabia: todos somos insaciáveis; mais ou menos narcisistas; italianos, então, somos eloquentes. Mas o gato é mais do que italiano. É único; auspicioso; desconfiado; ágil; rebelde. Meio secreto. Sua personalidade forte desdenha de tudo e de todos. O ser humano pra ele é uma coisa corriqueira. Tudo para esse felino parece inanimado. Em sua concepção a única coisa que, de fato importa, é ele: o gato.
Não há meio termo em relação ao sentimento por esse bichano: ou amamos, ou odiamos. É um ser estranhamente íntimo de nós. Paradoxal, não? É! Fascinante, porém. Quem não conhece os, já lendários, gatos: Tom, Frajola, Manda-Chuva, Gato Félix, gato de Botas e o mais moderno Garfield? Todos diferentes e, literalmente, gatunos…
Se o gato tivesse profissão seria, ele, mafioso.
Bonito, charmoso, sedutor… e indecentemente vingativo, o felino faria inveja a Al Capone, Carlos Gambino, Frank Costello, entre outros famosos.
Pensando bem, acho que o que a noma Noêmia queria nos dizer é que o sangue do bichano é mesmo de origem italiana… e seu parentesco bem próximo de nós, humanos….
Chimicatti e Alexandre Câmara