Aplausos

Carta a Lya Luft

Cara Lya Luft

Descubro-te e me encanto. Como um potro corro em sua direção e bem longe avisto um puro-sangue amestrado pela sua dona Vida. Lindo, impávido, altivo, soberano e nada soberbo. Ouso-me pensar que poderia alcançá-lo e, quem sabe, ser altivo também. 

Arrisco, vez ou outra, a traçar linhas que me traduzem, cujas palavras são as lentes que, presunçosamente, quero emprestar aos meus imaginários leitores. Mas lentes que ainda não corrigiram minha miopia da vida. É possível que para alguns poucos de minha família, família de poucas letras, conquisto certo espaço e por vezes sonho que posso avançar. Mas aí te encontro em “Perdas & Ganhos” e “Pensar é transgredir”. Ocorre que tu te tornas um espelho cujo reflexo é tão enorme que me ofusca. Não me enxergo e então sonho um sonho gago. Resigno-me e te leio novamente na esperança de apurar meu senso. Limpando minhas lentes, busco o melhor grau possível pois, ainda que eu distorça minhas imagens, que o faça com competência descrevendo minha visão sem miragem, mas adequada.

Continue a nos presentear escrevendo, escrevendo e escrevendo. Se não fosse estranho pediria sua alma para namorar.

Grande abraço.

Alexandre Câmara

Um humanista um pouco bravo.

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