Aplausos

TREZE

Universidad Del Museo Social Argentino – Fundada em 1956

Controverso em um ambiente de discussão sobre numerologia, cartomancia ou signos, muitos o denominam como um numeral que se deve atribuir ao azar. A falta de sorte estaria a ele vinculada. Um número até mesmo macabro.

Para outros tantos, a certeza da sorte plena, cujo cabalístico numeral é representativo de muitas respostas para várias perguntas sobre fatos da vida que o tem como referência misteriosa de seus ocultos significados.

Na minha vida, em que pese meu ceticismo para pensamentos além das cargas energéticas que entendo como componentes de todo o universo e de suas partes, o tenho (o 13) como marco para alguns eventos do acaso que, sobremaneira, vêm influenciando a minha estada por essa metonímia de mundo chamada planeta Terra.

O primeiro evento: a minha origem. Nasci no dia 13 na Maternidade Odete Valadares, situada na Avenida do Contorno, Bairro Prado, em Belo Horizonte. Avenida do Contorno de número 9494. A soma dos números é igual à: 26 que, dividido pelo número do mês que nasci, fevereiro (2), é igual à: 13.

Saído da “Casa de Parto”, como era chamada até o ano que nasci, 1971, minha querida mãe levou-me para minha casa, bem ali pertinho na Rua Ametista, também, no Prado. O número da minha casa? 49. Rua Ametista, número 49. O somatório dos números: 13.

Nessa mágica e modesta casa vivi minha infância, adolescência e juventude. Belos e bons momentos da minha vida! Minha base e estrutura familiar, mas, também, vivi momentos difíceis, tristes… o mais impactante e transformador da minha vida, vivi no dia 13 de junho de 1987. Dia em que meu querido e amado pai foi sepultado no Cemitério do Parque da Colina em Belo Horizonte. Fruto de um fulminante infarto do miocárdio, o Vecchio Chimicatti, era, aos 49 anos entregue à terra como uma semente daquilo que de mais importante poderia se esperar de uma maravilhosa florada. Faleceu, meu querido pai, aos 49 anos. O somatório dos números que compunham a sua idade quando falecido? 13.

Passados os anos, sempre convivi com o número 13 como uma espécie de superstição agradável, sempre acreditando que o número estaria em minha vida representando os eventos de maior relevância e de maiores impactos que eu pudesse perceber. Não tenho dúvidas que não se passam de meras coincidências da vida, proporcionadas pelo acaso cuja análise tempera a monotonia da inercia inerente ao processo energético que nos criou e nos mantêm, harmonicamente, vivos.

No campo da política, ainda com tenra idade, aprendi, com o Partido dos Trabalhadores, cujo número é 13, como o coletivo e o bem social poderiam ser instrumentos de desenvolvimento da vida das pessoas, não me olvidando, por certo, de suas mazelas e desacertos. Mas, o 13 estava lá, desde a sua fundação no ano de 1980.

Sempre foi assim e, no ano que completam 13 anos de outra importantíssima transformação da minha vida, não poderia deixar de homenagear os fatos e as pessoas que, há 13 anos mudariam minha história, talvez, para sempre…

Há exatos 13 anos, pela primeira vez na minha vida, iria conhecer um país estrangeiro. Embarcava para Buenos Aires, Capital da Argentina, para iniciar meus estudos para o doutoramento em Ciências Jurídicas e Sociais na tradicional UMSA- Universidad del Museo Social Argentino.

Por influência de meu ex-aluno na Pós-Graduação da PUC MINAS que se tornou, antes de tudo, um amigo e, posteriormente, meu sócio, Marcos Chagas (Marquinhos), resolvi avançar na minha carreira acadêmica, já que, como docente da PUC MINAS, naquela época, ainda, não detinha um título de pós-graduação em direito.

No mesmo dia do embarque para aquela que seria a mais aventureira e significativa viagem da minha vida, conheci o Fernando Fraga. Amigo do Marquinhos, desde os tempos dos bancos da faculdade do curso de direito da PUCMINAS e, também, seu sócio que, juntos, fundaram a Ferreira e Chagas Advogados.

Desde aquele primeiro de inúmeros voos que faríamos juntos, descobri que, realmente, a amizade não se faz a partir de uma convivência duradoura, mas a descoberta de uma amizade é indispensável para uma convivência perene e salutar.

Reconheci, pois, a amizade que tinha pelo Marquinhos e, a partir deste embarque em Confins, igualmente, a amizade que vi no Fraga que, pouco tempo depois, me tornaria seus sócios em um projeto fantástico no campo da advocacia e, porque não dizer, da própria vida.

Faz, em 2020, então, 13 anos que minha vida profissional e pessoal mudou-se de uma forma emblemática e definitiva: o convívio ininterrupto da amizade descoberta e o meu ingresso na sociedade da Ferreira e Chagas Advogados, mais uma vez, recebem minha singela homenagem em um ano cujo numeral que o delimita é aquele que me acompanha desde minha nascença.

E, por essa mesma razão, por mais que eu tenha, a partir de meus inúmeros erros e alguns acertos, tornado esta relação pessoal e profissional altamente relevante na minha vida, iniciarei, a partir de agora. um resgate de um projeto concebido, ainda quando cumpríamos nossos créditos no aludido curso para doutoramento.

Escreverei, como forma de manter vivo os ideais de 13 anos atrás, para o ORAPRONOBIS, uma série de ensaios sobre a influência da obra “Grande Sertão Veredas”. do genial João Guimarães Rosa, sobre o direito comum e dos costumes que circundam nossa sociedade e emolduram nosso modelo jurídico que é, em grande medida, pautado nas normas e leis burocráticas.

Essa será minha homenagem ao ano 13 do incessante convívio com os fatos e personagens do capítulo da minha história de vida que a fariam ter ainda mais razão e motivo para dela me orgulhar, além de me estimular na correção de meus desacertos e os desvios que, de maneira não proposital, infelizmente trilhei, porém, sempre, com o firme propósito fazer deles um aprendizado para meu crescimento, na constante busca da correção e da superação humana e profissional.

Ao Marcos Chagas e ao Fernando Fraga, dedico como minha eterna gratidão e alegria de com eles poder comemorar, a partir do ORAPRONOBIS, nossa convivência e nossa existência, por estes 13 anos de fartos roteiros vividos.

ps1: O Fraga foi o fundador da torcida organizada do Clube Atlético Mineiro, Galoucura, cujo número atribuído ao animal (Galo), mascote do time, é o: 13.  

ps2: Os dias dos nascimentos do Marquinhos e do Fraga (6 mais 4), somados ao número 3 (dois grandes amigos e eu). encontramos, novamente, o número 13,

Apaixonado pelas palavras, pela advocacia e pela vida regada a um vinho!

4 Comments

  • Tarcísio PintoFerreira ok

    Dr. Chimicatti,
    No creo en brujas, pêro que las hay, las hay”
    Olvido a superstição que o numeral encerra, por não lhe dar crédito, mas amo o 13 quando representa o meu galooooôô, o melhor time do mundo.
    Mas voltando ao 13, fico esperando igual número de ensaios, que por certo serão instrutivos e brilhantes.

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